Neste banco de praça
Todos precisam de companhia,
Mesmo achando que não.
Um pai, uma mãe,
Um amigo, um irmão.
Viajei muito até aqui,
Num banco de praça sentei.
Começo a escrever este poema,
Não havia sentido na decisão que tomei.
Muitos passam por mim,
Todos com sua própria preocupação.
Ir a lanchonete, voltar para casa,
Procurar um lugar para sua diversão.
Aos poucos a praça vai enchendo,
Vira e mexe sai e chegar gente.
Todos conversam uns com os outros,
Alegres, sorridentes.
Um conhecido um parente,
Um amigo, um familiar.
E eu ainda não encontrei,
O que na praça vim procurar.
Me dou ao luxo de passear,
Carros passam de vez em quando.
Não me sinto a vontade,
Então volto por onde fui caminhando.
Vejo rostos desconhecidos,
Não é tão reconfortante.
É como estar numa praça vazia,
É como se eu não fosse importante.
Porem não me atrevo a ir embora,
Pois é onde eu devo estar.
Por que o que eu procuro
Sinto que aqui eu irei encontrar.
Difícil achar hoje em dia,
E com o passar do tempo fica pior
Ninguém ama ninguém,
E muitos preferem ficar só.
Dói saber que não há ninguém,
Disposto a ficar do teu lado.
E com aquele que talvez ficaria,
Você pisa na bola e ele sai machucado.
Aqui consigo refletir,
Mas não consigo concertar os meus erros.
Sinto tanto pelo que fiz,
Que acabo fazendo meu próprio enterro.
Posso ficar aqui a noite toda,
Não faz minima diferença.
Mais gente, menos gente,
Não faz falta minha presença.
Mas tenho esperança,
Que Deus um dia enviará.
Um amigo fiel, leal,
E este dia vou esperar.
Não há dinheiro que pague,
O amor de um grande amigo.
A dedicação pra lhe ajudar,
E te tirar de qualquer perigo.
Estou a espera desse amigo,
O tempo aqui não passa.
E eu continuo aqui, só,
Neste banco de praça.
Mheios Shpencer
****Desabafo****