quarta-feira, 24 de abril de 2013

Neste banco de praça

Neste banco de praça

Todos precisam de companhia,
Mesmo achando que não.
Um pai, uma mãe,
Um amigo, um irmão.

Viajei muito até aqui,
Num banco de praça sentei.
Começo a escrever este poema,
Não havia sentido na decisão que tomei.

Muitos passam por mim,
Todos com sua própria preocupação.
Ir a lanchonete, voltar para casa,
Procurar um lugar para sua diversão.

Aos poucos a praça vai enchendo,
Vira e mexe sai e chegar gente.
Todos conversam uns com os outros,
Alegres, sorridentes.

Um conhecido um parente,
Um amigo, um familiar.
E eu ainda não encontrei,
O que na praça vim procurar.

Me dou ao luxo de passear,
Carros passam de vez em quando.
Não me sinto a vontade,
Então volto por onde fui caminhando.

Vejo rostos desconhecidos,
Não é tão reconfortante.
É como estar numa praça vazia,
É como se eu não fosse importante.

Porem não me atrevo a ir embora,
Pois é onde eu devo estar.
Por que o que eu procuro
Sinto que aqui eu irei encontrar.

Difícil achar hoje em dia,
E com o passar do tempo fica pior
Ninguém ama ninguém,
E muitos preferem ficar só.

Dói saber que não há ninguém,
Disposto a ficar do teu lado.
E com aquele que talvez ficaria,
Você pisa na bola e ele sai machucado.

Aqui consigo refletir,
Mas não consigo concertar os meus erros.
Sinto tanto pelo que fiz,
Que acabo fazendo meu próprio enterro.

Posso ficar aqui a noite toda,
Não faz minima diferença.
Mais gente, menos gente,
Não faz falta minha presença.

Mas tenho esperança,
Que Deus um dia enviará.
Um amigo fiel, leal,
E este dia vou esperar.

Não há dinheiro que pague,
O amor de um grande amigo.
A dedicação pra lhe ajudar,
E te tirar de qualquer perigo.

Estou a espera desse amigo,
O tempo aqui não passa.
E eu continuo aqui, só,
Neste banco de praça.

Mheios Shpencer

****Desabafo****

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